Cervejaria Karma, mas antes de tudo “Karma” é um conceito originário da Índia e que significa, literalmente, “ação”. Trata-se de uma reação natural a alguma coisa que você tenha feito. Não é um castigo divino nem uma provação qualquer, mas simplesmente uma reação.
Tudo o que fazemos, quer ajude alguém, quer prejudique alguém, gera uma reação igual e proporcional, como Newton já afirmava. Essa é a idéia central que abraça envolve a Cervejaria Karma.
Have Fun, Drink Karma, e com essa mensagem de positividade conversamos com o Alexandre Vaz
E hoje, entrevistamos o Alexandre Vaz um dos fundadores da cervejaria que carrega a “lei de conservação da força” em sua essência, a Cervejaria Karma. A Cervejaria Karma está sediada em Osasco (SP), e foi fundada em dezembro de 2018 pelos irmãos Alexandre Vaz, André Vaz e Hiago Vaz. Com o produção cigana na Cervejaria Brew Place de Santana de Parnaíba.
Como surgiu a Cervejaria Karma?
A história da Cervejaria Karma surgiu da nossa paixão por cerveja, sempre gostamos do líquido sagrado. A princípio começamos a fazer cerveja, como hobby.
A ideia partiu do Hiago, que já tinha um kit, destes caseiros, e usava com os amigos, contudo, com o tempo os amigos desistiram da ideia. A partir de então o Hiago nos convidou, os outros 2 irmãos André e Alexandre para começarmos juntos fazer cerveja na casa do nosso pai.
Então fazer cerveja acabou virando um motivo a mais para reunir à família e celebrar a paixão cervejeira, era sábado de brassagem e churrasco o dia todo.
Mas com o passar do tempo o hobby foi ganhando corpo e investimentos, e passou a ser visto como perspectiva de negócio. Começamos a estudar o mercado, investir em cursos e depois de muita análise e pesquisas de mercado saiu do papel, então partimos para o empreendedorismo, assim em dezembro de 2018 a Cervejaria Karma, laçou seu primeiro rótulo e segue trilhando seu caminho.
E como surgiu o interesse por fazer cerveja?
Na nossa família sempre rolou e rola as reuniões em fins de semana, normalmente na casa do nosso pai. E a cerveja sempre esteve presente, então foi natural o interesse, com o tempo descobrimos os diferentes estilos e as artesanais. Daí para a evolução da produção caseira e para a comercial foi consequência.
A Karma ainda está iniciando sua trajetória, mas como foi o caminho até aqui?
Bastante desafiador, embora já gostássemos e produzíssemos cerveja a um bom tempo em casa para o consumo nosso, não éramos envolvidos com o mercado em si, portanto não conhecíamos o mercado e suas nuances.
Tal fato foi que nos fez optar pela formatação da produção cigana, assim iniciamos com pouco capital, mas com uma vontade imensa de prosperar nesse mercado, o que já percebemos que é um desafio ainda maior, ainda mais como ciganos.
Aprendemos e estamos apreendendo no dia a dia. Estudando se aperfeiçoando, visitando bares, fazendo network, negociações, consolidando parcerias, buscando evoluir e aprimorar a qualidade de nossas cervejas. Só assim, desta forma seguimos construindo a nossa marca.
A verdade é que é um mercado muito competitivo, com várias cervejarias, buscando seu espaço. Logo tem que batalhar bastante, não dá para esperar que venham até você, quando ninguém ainda conhece você e seu produto, sua marca está em construção, você tem que ir em busca da torneira. É um desafio muito grande.
E por que CERVEJARIA KARMA, como surgiu o nome?
Foram algumas horas de conversa, cerveja e ideias. Mas foi o André quem teve o “insight”do nome, que foi abraçado por todos. A ideia é realmente esse lance da lei da atração, que envolve o Karma, de você receber aquilo que você faz, ou seja, ser responsável pelas consequências de seus atos.
Daí a ideia de “Promova o Bem e Receba o Bem”. Toda nossa comunicação busca enveredar por este lado e faz parte também da cultura da marca. Atrelado a isso também tem o trocadilho que o nome permite, que também costumamos usar.
Quais são as cervejas do portfólio da Cervejaria Karma?
Estamos no quarto rótulo. O primeiro foi a “Karma Session IPA”, uma Session Ipa, como já diz o nome que foi lançado em dezembro de 2018. Depois teve uma Sazonal em junho de 2019 “Coconut Karma”, uma Stout com adição de coco queimado.
Em Outubro de 2019 saiu a “Dear Karma” uma American IPA e agora em Fevereiro de 2020 a “SunSession IPA”, mas uma nova Session Ipa que entrou no lugar da Karma Session IPA. Esses foram os rótulos lançados neste curto período de vida.
A Karma é uma cervejaria cigana, quais as desvantagens de ser uma cervejaria Cigana?
A maior desvantagem é a competitividade de custo para produção e venda. É bastante difícil “brigar” com preços da concorrência, ainda mais das empresas com produção própria. A questão tributária também afeta, porém essa pega todos da cadeia, os impostos são altos, a distribuição também é difícil e onerosa. A equação qualidade do Produto e preço pesa bastante neste ramo.
E quais as vantagens de ser uma cervejaria cigana?
É a alternativa de entrar no mercado, com um investimento menor, ou seja, seu risco de capital é menor que o do investimento de uma fábrica que é bem alto. Permite que você trabalhe sua marca tente consolidá-la com menos capital investido e avalie se o próximo passo é viável, ou não, ou qual caminho você vai seguir, Brewpub, Taphouse, ou seguir como cigano apenas etc.
Qual o estilo de cerveja preferido de vocês?
Bom acredito que cada um tenha uma opinião, Eu (Alexandre) gosto de Session IPA, IPA, e RIS. Já o André gosta de IPA, Fruit Lambic, ESB e Red Ale. E o Hiago, gosta de RIS, Stout, Saison e IPA.
Se olharmos um pouco no passado é possível perceber que diversas cervejarias surgiram a partir de concursos cervejeiros, o que vocês acham sobre os concursos cervejeiros?
São interessantes, válidos, e a medalha é algo honroso para se orgulhar, além de abrir portas, isso é inegável, porém há muitas outras formas de avaliação, não podemos esquecer da avaliação do público em geral, das pessoas que frequentam os bares e eventos de cervejas artesanais e também daqueles fazem cerveja artesanal, que se interessam pelo assunto, todos contribuem de alguma forma para evolução da cerveja artesanal e tem sua importância. Ressaltamos que hoje é muito comum você encontrar cervejarias que não estão preocupadas em seguir os guias, e que fazem cervejas “fora da caixinha”, não ficam presas, são inventivas, e são sensacionais também!
E a famosa pergunta, por que fazer cerveja?
Por que é apaixonante e desafiador, normalmente você começa fazendo uma receita simples e vai evoluindo, mudando, variando, aperfeiçoando, descobrindo novas técnicas. É fazer algo que lhe dê prazer, o prazer de criar, de executar, de experimentar. O prazer de ouvir o que estão achando daquilo que você literalmente criou.
Sem falar de toda a cultura e história milenar que envolve a cerveja. E os avanços tecnológicos que a indústria cervejeira criou e contribuiu para a evolução e da sociedade.
Gostaríamos de agradecer o pessoal da Cervejaria Karma e o Alexandre Vaz pela entrevista e pela disponibilidade de participar desta coluna, FICA AQUI NOSSO MUITO OBRIGADO.
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